Amsterdam
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Tamancos holandeses |
Visualizar Roteiro em Amsterdam em um mapa maior
Ao descermos do trem, rumamos para o Centro de Informações, localizado logo em frente à estação Central. Lá, compramos nossos I amsterdam cards e descobrimos que um bonde nos deixaria próximo ao hotel. Anote aí: o I amsterdam card é uma ótima pedida, pois, com ele em mãos, você garante acesso gratuito a vários museus, incluindo o Van Gogh Museum, pode usar e abusar dos transportes públicos e, ainda, fazer um passeio de barco pelos canais. Os passes estão disponíveis para períodos de 24, 48 e 72 horas e podem ser adquiridos pela internet, ou nos centros de informações turísticas.
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Amsterdam vista de um barco. |
1° Dia
Depois de deixarmos as bagagens no hotel, aproveitamos a tarde de sol que se iniciava para caminharmos sem rumo pelas ruas de Amsterdam. Existe forma melhor de se descobrir uma cidade? Sem compromissos turísticos (postergamos as visitas obrigatórias para a manhã seguinte), resolvemos fazer o passeio de barco, incluído no I amsterdam. A cidade, vista da perspectiva de seus canais, ficou ainda mais charmosa sob a luz do fim da tarde. Entendeu, agora, porque minhas lembranças de Amsterdam são tão ensolaradas? =)
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Mais casinhas do século XVII. |
Desembarcamos e seguimos na “dura vida” de caminhar sem pressa, admirando as casinhas holandesas, fotografando tudo, entrando em inúmeras lojinhas e observando os turistas e os nativos, que se misturavam frenéticos em celebrar a primavera que, finalmente, dava as caras. Parênteses: só depois de morar na Áustria e vivenciar o inverno, é que fui compreender melhor a euforia que se apossa de todos quando o sol reaparece, após longos e tenebrosos meses. Sim, eu agora faço parte desta seita de fanáticos, os adoradores do sol! =)
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Detalhe da fachada: olhem por onde os locais içam os móveis, que precisam entrar pela janela… |
Para um dia perfeito como este, só havia um final possível (e igualmente perfeito): piquenique no hotel com coisinhas deliciosas compradas no mais bonito dos mercadinhos. Ainda lembro como eram maravilhosos, doces e perfumados os morangos que comemos! Eu não tinha entrado em um único museu, visto uma única pintura e já estava irremediavelmente seduzida por Amsterdam.
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As indefectíveis bicicletas de Amsterdam… |
2° Dia
Como as férias das férias tinham chegado ao fim, era hora de voltar ao batente. Após o café-da-manhã, tomamos o rumo do Rijksmuseum. Este lugar, de nome aparentemente complicado, é o museu nacional da Holanda (na verdade, Países Baixos). Seu excelente acervo inclui, é claro, Vermeer e Rembrandt. Para nós, um dos pontos altos da visita foi o quadro “View of Olinda“, do pintor Frans Post. Achei interessantíssimo ver retratada a Olinda da época das Invasões Holandesas. Se uma imagem vale mil palavras, esta pintura vale por uma aula de História.
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View of Olinda de Frans Post. |
Seguimos dali direto para o imperdível Van Gogh Museum. Este museu foi formado a partir da coleção do irmão do artista, Theo, que era negociante de arte. O papel de Theo na vida de Vincent foi marcante. Embora quatro anos mais novo, Theo sustentou o irmão até a sua morte, aos 37 anos, morrendo ele próprio, pouco depois, aos 33 anos de complicações relacionadas à sífilis. Com um fabuloso acervo, composto por mais de 200 pinturas, 500 desenhos e centenas de cartas trocadas pelos dois irmãos, este museu talvez seja a atração mais badalada de Amsterdam. As pinturas estão organizadas cronologicamente e proporcionam um insight sobre como se deu a evolução do trabalho de van Gogh. Eu não perderia esta visita de jeito nenhum!
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Museum Amstelkring |
Com a mente repleta com as coloridas pinceladas de van Gogh, partimos para o Museum Amstelkring. Nas proximidades do Red Light District, uma fachada “holandesa com certeza” esconde uma igreja católica secreta do século XVII. A história deste lugar é incrível! Depois que os calvinistas assumiram o poder, tornaram-se proibidas as manifestações públicas da fé católica. Entretanto, os holandeses, tolerantes desde então, faziam “vista grossa” às igrejas secretas mantidas no interior de insuspeitas casinhas à beira dos canais. Vale, ou não, uma visita?
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Interior do Amstelkring. |
Para finalizar, visitamos a tocante Anne Frank Huis, a casa-museu de Anne Frank. A história desta menina comoveu o mundo quando seu diário foi publicado em 1947. Refugiada entre seus livros e escritos, Anne lidava com um cotidiano quase surreal: oito pessoas escondidas por cerca de dois anos em um sótão. Em total silêncio e sem poder abrir as janelas, as duas famílias permaneceram no esconderijo até serem entregues à Gestapo em agosto de 1944. Exceto pelo pai de Anne, Otto Frank, todos os moradores do sótão pereceram antes do fim da guerra. Este museu não está incluído no I amsterdam, então, se quiser evitar a fila, compre on line.
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Homenagem à Anne Frank. |
Terminaríamos o dia com mais uma longa caminhada pelas ruas de Amsterdam. Definitivamente, esta é uma cidade para ser desfrutada a pé! Perder-se em suas ruas, seguir o contorno de seus canais, atravessar suas pontezinhas… Entretanto, se me perguntassem qual foi o ponto alto da minha estada em Amsterdam, eu responderia sem pestanejar: o passeio de barco pelos canais! De dentro do barco, ao ver suas casas e suas pontes sob uma luz perfeita de fim-de-tarde, eu atestei o velho clichê: Amsterdam é, sim, a Veneza do norte!
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Anoitecer em Amsterdam. |
No dia seguinte, tomaríamos o trem para Colônia.
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Tulipas e mais tulipas… |
Mais detalhes
Como chegamos
De trem (Thalys).
Onde ficamos
Duas noites no Hotel D’Amsterdam. É um hotel simples, limpo e com um café-da-manhã bastante razoável. Tem uma boa localização próximo ao Leidseplein, uma região com muitos cafés e restaurantes.
O que compramos
Opções de souvenirs não faltam: tamancos holandeses, tulipas e moinhos de vento, nas mais variadas formas, tamanhos e com várias, ou nenhuma, utilidade. E quem disse que souvenir tem que ser útil?
Olá!!
Vou passar dois dias em Amsterdam em janeiro e queria saber se é tranquilo mesmo fazer tudo isso a pé.
Como é inverno, o dia vai "acabar" mais cedo, você acha que seria legal fazer o passeio de barco no fim do dia, mesmo assim??
obrigada
Olá, Tatiane!
Obrigada pela visita! Em Amsterdam, as distâncias entre os pontos turísticos não são grandes, então é possível fazer muita coisa a pé. Também existem bondes (trams) que podem ser úteis, dependendo da localização do seu hotel.
Entretanto, é preciso considerar você pretende fazer a viagem no *inverno*. Você deve estar preparada para alguns incovenientes: os dias são mais curtos (anoitece por volta das 16h), os dias estão permanentemente nublados e o frio pode fazer com que você não queira ficar muito tempo ao ar livre. Inclua passeios em museus e lugares fechados para escapar do frio. Algumas atrações podem ter horários diferentes de funcionamento no inverno.
Sobre o passeio de barco: eu curti muito a experiência! Mas eu fui na *primavera* e o dia estava fantástico. Na minha segunda visita (em janeiro), o dia estava tão feio e frio que duvido que quisesse repetir o programa. Novamente, atente para os horários de funcionamento. Para mais detalhes: http://www.iamsterdam.com/en/visiting/things-to-do/canalcruises.
Um blog muito bacana sobre Amsterdam é o http://www.ducsamsterdam.net.
Beijos
Fabiola, tudo bem? Onde comprou a passagem de trem? tentei comprar pelo site e não aceitaram meu cartão.
abs
Jaime
Olá, Jaime!
Obrigada pela visita! Espero que tenha gostado do nosso blog!
Sobre as passagens: na verdade, eu não comprei uma "passagem". Eu usei um passe de trem, adquirido via uma agência de São Paulo.
Uma alternativa é comprar as passagens assim que você chegar à Europa.
Um blog bacana para dicas da Holanda é o http://www.ducsamsterdam.net/. Confira um de seus posts sobre uma viagem de trem: http://www.ducsamsterdam.net/tag/trem-de-amsterdam-a-berlin/
Espero ter ajudado!
Beijão
Eu estive em Amsterdã ano passado ! e posso dizer a cidade e apaixonante ! parabéns pelo post !