Ponte Aérea
Em vez de dica, hoje vou fazer um relato de uma experiência pessoal. Acho que foi tão marcante que preciso escrever a respeito. Quem me segue no twitter ou no facebook deve saber sobre o que vou me referir.
Minhas duas últimas idas ao Rio de Janeiro foram péssimas! Neste mês de março fui 3 vezes para lá a trabalho. Ponte Aérea para lá e para cá.
Já estou acostumada com essa vida aérea, são 4 anos nessa vida de ponte aérea, e 5 saindo do Sudeste para o Sul quase que mensalmente (Porto Alegre também não é uma maravilhosa para pousos).
Mas as duas últimas viagens CGH-SDU (Congonhas-Santos Dumont) foram de assustar!
Dia 16 de março saí do trabalho e fui para o aeroporto, estava chovendo pouco em São Paulo e fiquei sabendo depois que chovia bastante no Rio de Janeiro. Peguei um vôo da Gol pelas 19h10, a decolagem foi tranquila, fizeram o serviço de bordo, porém ao terminar de comer meu nhoque começou uma turbulência dos diabos. Ruim mesmo, com duas perdas de sustentação, nas quais as senhoras do meu lado gritavam e eu tinha que segurar o suco e a bandeja para que não me sujassem inteira! Ao chegar no espaço aéreo do Rio de Janeiro, o comandante falou:
– Senhores passageiros, talvez tenhamos que aterrissar no Galeão, pois as condições de aterrissagem do Santos Dumont estão no LIMITE!
Eu pensei “ai meu deus, o Santos Dumont já não parece ter pista suficiente num dia ensolarado, imagine com condições no limite”. E o pior, aterrissamos lá! Mas foi tranquila, ótimo pouso, parabéns Seu Comandante!
Dia 29 de março, lá vou eu de novo pro Rio, dessa vez de Tam. Saí às pressas do trabalho, pois teria uma reunião às 10h da manhã do dia 30 no Rio e já não haviam vôos para a manhã do dia seguinte. Ou seja, eu ia ter que viajar no dia 29 e dormir no Rio (conseguir hotel foi outro parto, mas fica para um outro post). Fui em casa, fiz uma malinha e ao sair, caiu o mundo. Anoiteceu em Santos às 15h! Subi a serra e cheguei em São Paulo com um lindo sol e poucas nuvens. Fiz o checkin, consegui o vôo das 17h30. Eram ainda umas 16h30, eu sabia que a Tam estava servindo picolé na ponte aérea, eu já estava com fome e achando que vôo ia atrasar, resolvi comer um panini e tomar um suco de laranja. Qual não foi minha surpresa quando chamaram para embarque às 17h (eba, vai sair no horário!). Entramos no avião, tinham bem poucos passageiros e fecharam as portas (desligando o celular…).
Me entreti com meu livro (Agatha Christie!), que nem vi que haviam passado 30min e haviam chegado muitas nuvens. Às 17h30 começamos a taxiar em meio a um temporal. Ao chegar na cabeceira da pista, fecharam o aeroporto. Mais uns 40 min esperando passar o temporal e finalmente foi autorizada a decolagem. E eu ainda fiquei feliz nessa hora!
Mal começou a subir, o avião já fez uma bela curva e na frente um paredão de nuvens com raio, relâmpago, trovão e tudo mais que tinha direito! Pensei, lá vou eu de novo (pensei em outras coisas desagradáveis pela primeira vez na vida também, como testamento, será que tinha chegado minha hora, etc). E assim foi, com o aviso de afivelar cintos aceso até o Rio, com tantos relâmpagos e tão próximos que um chegou até me cegar momentaneamente (eu escolho janelinha @maricampos)! O comandante avisou que o serviço de bordo foi cancelado (ainda bem que me garanti antes, não, eu não enjôo em vôos) e que nós estávamos fazendo uma série de desvios. Nem notei os desvios, parecia que a gente estava procurando as nuvens com mais relâmpagos! Mas sobrevivi! A aproximação e a aterrissagem foram meio estranhas, mas deu tudo certo. Ufa!
Espero que viagens pro Rio só no mês que vem!
Dica
Como não consigo não dar dica, fica uma: nessa época do ano (mais pro Rio, São Paulo é o ano inteiro) costuma chover muito ao final do dia, procure viajar pela manhã ou no começo da tarde. Os retornos destas duas viagens foram antes das 15h e foram supertranquilos.
Cada uma que a gente enfrenta, nao, Carol? e parece que ponte aerea eh batata pra gente passar sustos desse tipo, viu?