Passeio ao Cânion do Xingó

Visitar o Cânion do Xingó era uma coisa que eu tinha vontade de fazer há muito tempo. Alguns amigos já tinham ido, vi algumas fotos no Instagram, em revistas e, pronto, a curiosidade já estava instigada.

Como foi o passeio

Contratamos o passeio na própria agência que tinha dentro do Prodigy Resort, que falei no post anterior sobre Aracaju e Barra dos Coqueiros. Não foi muito direto para contratar porque como era baixa temporada, não fechou um grupo do hotel. O dono da agência teve que conseguir uma vaguinha para a gente em outro grupo que sairia de Aracaju. O bom é que nosso hotel era mais afastado, mas na direção do passeio, então fomos os últimos a ser pegos em torno das 7h20.

Usina Hidrelétrica do Xingó

O lugar onde se pega o catamarã fica a uns 200 km de Aracaju, então a van parou uma vez em um posto de gasolina no meio do caminho para quem quisesse utilizar banheiros e comprar comidas/bebidas. A segunda parada foi para fotos perto da Usina Hidrelétrica do Xingó. É uma área muito bonita e dá para ver como a água do rio é clarinha.

Restaurante Karranca’s

O nosso barco estava marcado para 11h30, chegamos um pouco mais cedo e já “reservamos” o almoço. Esta reserva, é a compra de uma pulseirinha, portanto, na volta era só ir direto para o buffet livre e depois achar uma mesa. O embarque é feito por grupos em ordem de chegada no restaurante. Pelo alto-falante vão sendo chamadas as famílias ou os grupos dos guias/motoristas. Achei bem organizado. Se chegar muito cedo, já dá para tomar um aperitivo e ficar aguardando em alguma das mesinhas da beira do rio.

Cânion do Xingó

Finalmente chega a hora da navegação e depois de uns 20-30 minutos, começam a aparecer os paredões do cânion. A cor da água é muito bonita e contrasta bem com o alaranjado dos paredões. O sol estava bem no alto e não ajudou muito nas fotos.

Tem uma estátua de São Francisco em uma gruta, passamos em frente, mas o pessoal de jet ski pode parar e subir para ver de perto. Falando nisso, tem muita gente andando de jet ski pelo rio.

Parada para banho

O passeio conta com uma parada para banho no rio com uma área cercada e com redes no fundo para delimitar a profundidade, já que o cânion tem áreas com até 150 m de profundidade.

Este ponto de parada é só para os catamarãs, mas do outro lado tem um deck para jet ski e outros barcos (era o que dizia uma placa em frente).

Passeio de canoa

Neste mesmo lugar sai um passeio de barco que custa R$10 (ago/16) e o barqueiro te leva em uma área mais estreita entre os paredões que não passaria o catamarã. Levei a minha câmera a prova d’água para esta parte do passeio e as fotos não ficaram muito boas, mas coloquei aqui mesmo para você ter uma noção de como é.

Depois do passeio de barco e de dar um mergulho no Rio São Francisco, é hora de voltar.

Dicas

• Quando estávamos em dúvida se teria grupo para fazer o passeio no dia que queríamos, olhei na internet como fazer o passeio de forma independente. Estávamos com carro alugado, porém os 200 km pareciam muito cansativos para fazer dirigindo. E vou dizer que é cansativo para fazer bate-volta mesmo de van. Mas para quem quiser se arriscar, dá para ir de carro particular e comprar o passeio de barco lá na hora. Fomos em agosto e o barco não encheu, mas dizem que na alta temporada fica bem concorrido, então pode ser arriscado deixar para comprar na hora.
• O passeio custou R$150 por pessoa, já com o barco incluído, sem almoço, pagando em dinheiro (no cartão era R$170). No folder que peguei no restaurante, o catamarã custa R$90. Pode ter de 2 a 5 saídas diárias dependendo do dia da semana e época do ano. Melhor confirmar no site: MFtur. Tem também o passeio da Rota do Cangaço, dá uma olhada lá neste site, parece bem legal.
• Vi um helicóptero pousando ao lado do restaurante e também peguei um folder do passeio. Não tem telefone nem link, mas tem os preços: 4 minutos por R$150, 8 minutos por R$250 e 16 minutos por R$500. São preços individuais e o único que vai até o cânion é o último. Encontrei um site pelo nome que estava no folder AeroSigma, mas não tem muitas informações específicas destes passeios nesta região.
• Deixo aqui dois links para posts de pessoas que conheceram a região sem fazer bate-volta de Aracaju ou Maceió: Viaje na Viagem e Matraqueando.

Susto na volta

Nem sabia se escrevia sobre isso ou não, só lembrei depois do post pronto, mas é melhor deixar registrado.

Quando estávamos voltando de van, o motorista saiu da BR-101 e pegou uma estradinha bem deserta para chegar mais rápido ao nosso hotel. Eu estava sentada logo atrás do motorista e prestando atenção no caminho. Uma hora, ele deu sinal de luz para uma moto dar espaço para ele ultrapassar. Os integrantes da moto, dois homens sem capacete, fizeram cara e gestos de que não gostaram muito da luz alta na cara. Alguns minutos depois, a mesma moto cortou a frente da van e o cara que estava na garupa, puxou um revólver. O motorista gritou algo como “é uma assalto”, fez um retorno no meio da estrada e acelerou. Parece que a moto nos perseguiu por um tempo e depois desistiu.

Dentro da van todos nervosos, rezando e se benzendo. Uma passageira disse que viu Nossa Senhora no meio da estrada e, por isso, o motorista fez o retorno na hora certa. Não fiquei muito preocupada na hora, porque tive a impressão de que os caras só queriam nos assustar por causa da luz alta que o motorista jogou na cara deles. O que me preocupou mais foi pensar que eles poderiam ter começado a atirar nesta hora que o motorista resolveu fazer o retorno. Tinha um cara sentado na frente como motorista nesta hora e podia ter sito baleado. Na ida eu que estava sentada ali naquele lugar. Meio tenso. No fim, fizemos outro caminho e chegamos no hotel a salvos.

Veja também

• Aracaju e Barras dos Coqueiros