Roteiro pelo Norte da Patagônia Argentina

Esta semana voltei de uma viagem linda de 9 dias pela região norte da Patagônia Argentina. Quando eu falo em Patagônia Argentina, sempre me vem à cabeça a região de El Calafate e da Terra do Fogo, então quando falo de norte da patagônia é a região de Bariloche. Nesta última viagem aproveitei um pouco de Bariloche, San Martin de los Andes e Villa la Angostura. Este post é para explicar qual foi o meu roteiro e os porquês.

Norte da Patagonia Argentina

Passagens

Fazia tempo que queria esquiar e estava esperando uma oportunidade. O dólar e o euro nas alturas não estavam dando a empolgação necessária para desbravar outros continentes. Então montei alguns roteiros mentais pelo Brasil e lembrei de Bariloche que seria uma boa opção para esquiar. E não é que apareceu uma promoção de passagem de Porto Alegre (casa dos meus pais) para lá? A passagem estava 695 reais + as taxas monstras dos aeroportos de Buenos Aires para lá. No total, pelo Submarino Viagens, que também tem uma taxinha dele, deu R$1050, em reais mesmo, sem IOF. Pelo site da Aerolineas Argentina ficava um pouco mais, mesmo sem taxa, mas provavelmente com alguma outra cotação.

Roteiro

Fiquei um total de 9 noites na região:
6 noites em Bariloche
1 noite em San Martin de los Andes
1 noite em Villa la Angostura
1 noite em Bariloche novamente

Fiz os trajetos de ônibus comprando pelo site Albus, cuja indicação encontrei neste post do Viaje na Viagem. San Martin de los Andes tem o aeroporto de Chapelco, pode ser uma opção para quem não quer ir e voltar. Como comprei as passagens aéreas sem ter muita certeza do que ia fazer, nem pensei nisso e nem vi se tinha promoção de lá também. Mas eu gostei de ir e voltar, ainda mais que foram por estradas diferentes e com paisagens lindas e diferentes nas duas.

A última noite em Bariloche foi porque tive medo de ter algum problema na estrada, meu vôo era as 13h, daria para sair de Villa pela manhã e ter uma mudança de hotel a menos. Mas eu não me arrependo, foi bom para deixar as comprinhas todas para esta última manhã e não precisar ficar carregando chocolates e regalitos por aí.


Fui de Bari para San Martin pelas estradas 237 e 234 e voltei pela Ruta 40 parando em Villa.

Câmbio

O real em quase todos os lugares em que era aceito (mais em Bariloche e menos nas outras cidades) estava em torno de 3,50 pesos. Já o dólar ficou numa média de 14 a 14,50 pesos em Bariloche, $15 em San Martin de los Andes e $13 em Villa la Angostura. No último dia em Bariloche estavam trocando a $15,20 o dólar e $3,80 o real numa galeria que haviam me indicado na Calle Mitre 125. Como havia comprado o dólar a menos de R$4 estava valendo a pena trocar dólar mesmo.

Os hotéis saíram muito mais em conta porque vi o preço em dólar do Booking que havia sido convertido pelo dólar oficial, ao ver o preço em peso e depois converter pelo dólar paralelo ficava uns 35% mais barato. Em Villa foi o lugar mais chatinho de trocar, só me indicaram uma casa de câmbio que fazia cotação oficial, mas acabei perguntando nuns “kioskos” e achei quem comprasse a $13, depois de chorar e dizer que no dia anterior tinha trocado a $15,20 em San Martin de los Andes.

Clima

Talvez não tenha sido a melhor época para fazer todos os passeios que fiz. No inverno, o ideal é ir para esquiar mesmo, mas também não me arrependo, apesar dos muitos dias de chuva. Acho que se tivesse pego só chuva teria sido meio chato. Mas peguei uns dias bonitos ou umas horas bonitas. E eu gosto de frio, então parte do charme está nisso. Acho que ir para Bariloche no verão, é como ir para Gramado e pegar 30°C, as fotos vão ficar lindas, mas e a vontade de usar bota e casaco ou comer chocolate e fondue onde ficam? Penso em voltar no verão para fazer alguns passeios que faltaram e algumas trilhas que fecham no inverno. Disseram que o outono é lindo, com as árvores alaranjadas, porém é época de chuva.

Esqui

Eu achei que ia querer esquiar mais, minha vontade inicial era de ir no Cerro Catedral (Bariloche), no Cerro Chapelco (San Martin de los Andes) e no Cerro Bayo (Villa la Angostura). Acabei não indo em nenhum dos 3, só esquiei no Cerro Otto que tem o Winter Park com suas pistas para iniciantes e já achei ótimo e cansativo. Não adianta, gosto mesmo é de pé no chão e de fazer coisas diferentes. Não ia nem ter paisagens diferentes já que todos os dias estavam encobertos, ia ser só neve, neve e neve. Depois dores, dores e dores.

Programação de passeios

Vi vários blogs, com diversos roteiros e dicas do que fazer, como: Viaje na Viagem, Turista Profissional e Nós no Mundo. Preferi deixar para decidir na hora, já que não confiava muito na Aerolineas Argentina. E até que foi uma decisão acertada. O vôo da ida atrasou muitas horas, passei o dia inteiro no Aeroparque, em Buenos Aires. Era para eu chegar às 17h em Bariloche, adiantaram para as 15h, fiquei achando que ia perder a conexão e no fim cheguei meia noite no aeroporto de Bariloche. Já não tinha mais van, nem taxi e nem remis. Mas o balcão dos remises ainda estava aberto e chamaram mais carros. Várias pessoas do meu vôo que foi cancelado, só conseguiram vagas para os voos do dia seguinte, as que tinham passeios marcados, perderam. Fica o alerta para a Aerolineas Argentina.

Decolando de Buenos Aires às 22h

Decolando de Buenos Aires às 22h

Mochilão ou mala de rodinha

Como a viagem tinha uma chance de aventura e eu ia rodar de ônibus, aproveitei para estrear o mochilão que comprei em Santiago num feriado que passei lá em abril deste ano (2015). Em Bariloche é bem tranquilo de andar de mala de rodinha, para ir e voltar do aeroporto e da rodoviária o mais normal é táxi/remis já que são afastados da cidade e não tem ou não vale a pena pegar transporte público. Então não tem muito perrengue.

Em San Martin de los Andes e Villa la Angostura, as rodoviárias são bem no meio da cidade e eu procurei hospedagens próximas a elas. Nesse caso, como chovia bastante, a mochila foi uma boa escolha. Em San Martin de los Andes até não faria muuuuita diferença, já que minha hosteria era a uma quadra e meia da rodoviária, mas as calçadas estavam bem alagadas e chovia muito, então a mala de rodinha ia chegar bem molhada. Em Villa la Angostura, minha hosteria era a umas 6 quadras da rodoviária, metade delas de estrada de terra, ou lama no caso, já que estava chovendo há vários dias, na hora nem tanto. Se fosse mala de rodinha, ia virar uma lama ou ter q levantar em vários pontos.

Então, se vai com mala de rodinha, dá uma olhada no Google Street View. Minha pousada era fofa, linda e bem localizada, mas como era umas 3 quadras da rua principal, já tinha barro.

Brasiloche

Sempre tive uma birra com Bariloche por causa da fama de Brasiloche (ser cheio de brasileiros). Podem me chamar de preconceituosa a este respeito, mas viajo para ver coisas diferentes, culturas diferentes, comidas, idiomas, etc. Então chegar em outro país e só ouvir português, me incomoda um pouco (em Portugal não, rs). E é mais ou menos o que acontece, todos os guias falam português.

Em hotéis e restaurantes a mesma coisa. Por um lado é bom ser bem-vindo em um lugar que as pessoas se esforçam para te entender, por outro é meio que não sair de casa. E também sempre tem piadinhas dos guias de que em todas as excursões a maioria é brasileiro. Eu falava espanhol e as pessoas de lá perguntavam de onde eu era e se admiravam que eu falava bem castelhano ou perguntavam porque eu falava espanhol que eu podia falar português que me entenderiam. Adoro viajar para praticar meu espanhol! Aproveitei para falar bastante espanhol (ou inglês) com as pessoas do hostel e com turistas que não eram brasileiros nos passeios.

Bariloche 01

Pode ser Brasiloche, mas é lindo e vale a pena!

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