Passeando em Santiago sobre duas rodas

Este post foi escrito pelo meu amigo Luciano Guelfi. As fotos também foram tiradas por ele, se quiser conferir mais algumas, visite o Flickr e se quiser segui-lo no twitter clique aqui.

 

Já tinha visto em alguns guias que Santiago é uma boa cidade para andar de bicicleta. A cidade fica numa região conhecida como Valle Central, um vale sedimentar entre a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira da Costa. Esta formação faz com que, tirando alguns “montes ilhas” como Cerro San Cristobal e Santa Lucia, a cidade seja bem plana, ótima para caminhadas e pedaladas (se tiver interesse em saber melhor como foi a formação geológica da região, deem uma olhada na Wikipédia sobre Santiago o artigo está muito bom).
A vontade de andar de bicicleta pela cidade ainda aumentou quando chegamos lá e vimos várias pessoas pedalando pela cidade, inclusive fazendo a subida do Cerro San Cristobal, um dos mais altos do centro da cidade com 800 m de altitude. O topo do Cerro é um ponto de encontro de vários ciclistas que sobem lá e depois tomam um Mote con Huesillos (um suco de pêssego com milho) para se refrescar e repor as energias.

O nosso guia (“O Melhor de Santiago do Chile” da Revista Viagem e Turismo, 2010) sugeria um grupo de alugueis de bicicletas chamado “La Bicicleta Verde”. Resolvemos alugar por eles. A primeira vantagem que vimos é que podemos fazer o agendamento via internet, com o pagamento com cartão via PayPal. No site eles apresentam vários tipos de passeio (passeio em grupo de dia ou de noite, passeio às vinícolas entre outros) com guias em espanhol ou inglês (eles disseram que tem planos de fazer em português, mas ainda não tem estrutura para isso). Além dos passeios, eles alugam bicicletas avulsas e para eventos.

Como sou um grande entusiasta de fotos noturnas, escolhemos o passeio noturno. O ponto de encontro foi em frente ao Hotel Ritz, na saída da estação de El Golf da linha 1 do metro (distrito de Las Condes) entre 19:00 e 19:30.
Chegamos por volta das 19:10 e encontramos os nossos guias (um americano e um chileno). Pedimos para fazer o passeio em inglês que para mim é mais fácil. As bicicletas que eles disponibilizaram foram mountain bikes em ótimo estado, com pneus novos, iluminação e bancos confortáveis. Eles também providenciam os capacetes para nós. Como éramos só eu e minha namorada para fazer o passeio saímos logo em seguida deles passarem algumas recomendações de segurança.
Começamos pelas ruas e praças de Las Condes e seguimos um percurso até a Plaza de Italia. Como estávamos de bicicleta, podíamos parar facilmente em diversos lugares para conhecer algumas histórias das ruas e características dos bairros (como o fato das famílias santiaguinas terem uma governanta e isso ser um símbolo de status). Além disso, paramos em frente a diversas construções e monumentos onde os guias nos contavam as histórias e representações deles. Essa facilidade de poder parar e conversar nos levou a conhecer melhor a cultura de Santiago e do Chile. Muitas vezes ficávamos discutindo o simbolismo dos monumentos (falamos sobre as diversas esculturas e prédios em formato naval que representam o poderio marítimo chileno que os levou a vencer a Guerra do Pacífico contra Peru e Bolívia; sobre a herança da ditadura de Pinochet, quando paramos em frente ao seu Mausoléu na Escola Militar, sobre a demonstração de poder econômico do Chile enquanto víamos os arranha-céus de Sanhatham do Parque do Bicentenário).
Bicentenário
Anoitecer no parque de ló Bicentenário
Municipalidad de Vitacura
Municipalidad de Vitacura (em forma de proa de navio)

 

Night Ride
Fonte do Bicentenário (Antiga Fonte da Aviação)
Roteiro do Passeio
O passeio durou no total quase 2 horas e meia. No final fomos até um bar em frente a sede deles onde eles nos ofereceram um pisco sour e alguns petiscos típicos do Chile (inclusos no passeio). Continuamos a conversar até umas 22:30 quando pegamos um taxi e voltamos para o hotel.

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